A diferença entre estes dois “conceitos” ou “estado
de espírito” se deve, em alguma medida, ao clima do local de trabalho, mas não
tenho dúvida, depende principalmente do posicionamento pessoal do profissional.
Algo como “viver para trabalhar ou trabalhar para viver”.
A maneira como se encara a profissão e as
responsabilidades inerentes é determinante para a escolha entre os dois
estados.
Inevitável pensar em “momentos” de muita
competitividade, mas os dois “estados de espírito” descritos existem há muito
tempo, isto é, ser um “viciado” no trabalho (workaholic) ou um “amante” do
trabalho (worklover) são comportamentos que sempre existiram. E sempre caracterizaram
um comportamento de muita dedicação ao trabalho (por vezes excessiva
dedicação).
Mas sempre trouxeram consequências diferentes!
Qualquer atividade apresenta dificuldades, e
desafios. Temos que enfrenta-los e sempre nos perguntar: Porque escolhi este
caminho?
Algumas vezes nos comportamos de determinada
maneira, no que se refere ao trabalho, sem uma explicação plausível.
No comportamento do “workaholic” encontramos
algumas disfunções importantes como:
- Pode ser fator de insegurança (preciso fazer mais para “parecer” competente);
- Pode ser fuga (estou melhor aqui que em casa / ou / preciso não pensar em outra coisa);
- Pode ser fruto de um objetivo compulsivo (preciso conquistar isso / ou / não posso deixar de acompanhar tudo);
- Ou simplesmente não tem explicação. Mas sempre será um comportamento inadequado.
Vejam algumas comparações entre esses dois perfis:
WORKHOLIC: O trabalho é fonte de pressão e stress, no fim de
semana costumo me queixar do trabalho, não consigo ficar longe do trabalho, sinto-me
inseguro (algo como a síndrome de abstinência), busco atender expectativas dos
outros, tenho que trabalhar muito para demonstrar capacidade. Ser workaholic é
determinado por fatores de insegurança e por pressões externas.
WORKLOVER: Trabalho é fonte de satisfação, no fim de semana
penso sobre o trabalho e sobre as expectativas, consigo me afastar, apesar de
que qualquer situação me leva a pensar em oportunidades para ele, busco
realizações, tenho que melhorar sempre para atender minhas expectativas. Ser
worklover é determinado por escolhas e por pressões internas.
Fonte de Pesquisa: Bernardo Leite.
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