" A transformação de vidas através da Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Humano."

29 de abril de 2015

Gestão de pessoas em tempos de crise


Toda crise, não importa a natureza, quase sempre é mais humana que material, mais psicológica que real porque nasce, de alguma forma, do confronto dos valores humanos. Se há algum tipo de crise, em algum lugar, o ser humano falhou.
Então, não há como separar dela o homem e suas contradições. Quando uma crise chega numa organização, antes de fazer estragos nos balanços, afeta, primeiramente, os seus talentos podendo ter desfecho trágico.
Poucos têm a real dimensão de como ela abala a estrutura psicológica e como o medo que traz paralisa a inteligência das pessoas. Estudiosos da mente sempre alertam para os efeitos perversos do pânico, da depressão, da apatia e da corrente da má notícia.
Os consultórios psiquiátricos e psicológicos vivem abarrotados de gente, incluindo trabalhadores e empresários que buscam na terapia e nos psicotrópicos a segurança que o ambiente de negócios e o do trabalho não estão lhes proporcionando.
O empregador não dorme mais pensando na ameaça aos lucros, e o empregado tem pesadelos com o fantasma do desemprego. O empresário teme a falência; e o trabalhador, a ameaça do facão.
Os dois sabem da dependência um do outro para dar resultados, mas num momento em que só se fala em crise, o medo e o suspense falam mais altos. No desespero empresarial, a ordem é cortar custos, e a primeira conta é a folha de pagamento. Entretanto, sem gente motivada não há criatividade, não há encantamento de clientes, não há argumento de vendas, e o negócio pode morrer de inanição. Abrir mão de bons talentos é burrice porque, além dos custos financeiros e emocionais, pode comprometer o futuro quando a crise passar.
Uma boa capacidade de gerir pessoas é o ponto chave neste momento. Começa pelas lideranças. O presidente da empresa em vez de fazer ameaças deve demonstrar que é destemido, mesmo que as escondidas esteja acendendo velas para o santo.
Às lideranças gerenciais compete, prioritariamente, monitorar o clima organizacional agindo para criar positividade, que começa com os dirigentes sendo transparentes e não economizando na comunicação.
É importante conversar com as pessoas mostrando a realidade, dando direcionamento, desafiando a criatividade, pedindo adesão e destacando os pontos fortes que a organização tem para enfrentar a tempestade. Nada de ficar aos berros ou bancando os "nervosinhos". Pessoas amedrontadas, sabidamente, não produzem.
Demissões devem ser o último recurso e não o primeiro. Antes, é preciso verificar que processos e excessos podem ser eliminados. Ao cortar despesas não se deve confundir austeridade com mesquinharia. Na agenda deve estar o desafio de como motivar as pessoas para transformar a empresa numa organização mais ágil, com maior qualidade e imbatível na oferta dos seus produtos.
É momento de ter cuidado no trato com as emoções para não ter uma empresa cheia de gente doente. É importante usar as emoções de forma inteligente aproveitando os efeitos positivos da intuição, da empatia, da compaixão e outros sentimentos.
Mais do que nunca, é tempo de empregados e empregadores darem as mãos e usar a força dos vários tipos de inteligência de que são dotados. Se, depois de todo esse esforço, nada disso valer, podem assentar e chorar. Mas, só por alguns instantes.
Fonte: Cícero Domingos Penha.

22 de abril de 2015


Ao longo destes últimos anos, vários conceitos bombardearam o cenário administrativo. Tecnologias milagrosas de gestão, teorias acadêmicas de última geração, “perfumarias” de toda a espécie transitaram livremente pelas livrarias nos convidando a uma leitura, no mínimo, obrigatória, porém, critica um dos postulados que durante anos foi à tônica de muitas posições gerenciais “bem-sucedidas”, dizia que “time que está ganhando não se mexe”.
A administração moderna questiona essa afirmação, em que pese o fato de que vivemos num mundo de mudanças constantes e inovações cada vez mais aceleradas. Dessa forma, um dos principais desafios do verdadeiro administrador profissional será, justamente, gerenciar as variáveis decorrentes destes novos cenários.
As transformações estão ocorrendo em várias frentes. Alterações significativas são vistas, por exemplo, nos meios social, educacional, político, econômico, empresarial, pessoal etc. Portanto, quando falamos em mudanças, devemos compreender que elas estão acontecendo em vários segmentos, em diversos pontos e de diferentes formas, mas a uma velocidade cada vez mais rápida, seja por conta da crise ou não.
Essas mudanças, principalmente aquelas provenientes do ambiente empresarial, possuem caracteres e resultados irreversíveis. Procedimentos e posturas que deram certo no passado não garantem sucesso no presente, pois o contexto hoje é outro e bem diferente.
Os vários sistemas administrativos já foram muito explorados sob a ótica da eficiência. Embora importante, a eficiência por si só é um conceito pequeno e limitado para os dias atuais. O que encerra essa ideia é um posicionamento muito voltado para a correta alocação de recursos, porém focado para dentro da empresa, da divisão, do departamento, do setor etc...mas não necessariamente sob a ótica do mercado.
Agora, as ações devem ser desenvolvidas em sentido contrário, ou seja, para o cliente. E nesse novo paradigma só se estabelece quem tem competência. Se um negócio vem dando sinais claros de crescimento e sucesso, é necessário avaliar por quanto tempo ainda essa euforia se fará presente.
Hoje, o mundo está “menor” e, ao mesmo tempo, globalizado. Depois da reengenharia, o crescimento contínuo e sustentado das receitas. Por outro lado, suponha também uma equipe de trabalho que venha atuando corretamente e atendendo aos objetivos propostos. A primeira medida seria manter o curso normal das ações (mesmo porque, ‘em time que está ganhando não se mexe...’).
Porém, de um outro prisma, percebe-se que está equipe chegou ou está próxima do seu real limite. Novos resultados não virão se algo não for feito. Pouco valor será agregado ao negócio se essa equipe não crescer e se modificar. Crescimento este não necessariamente provocado por um aumento do quadro, mas, sim, de habilidades, competências, criatividade e sinergia.
A nossa relação profissional também vem passando por uma transição. É cada vez mais importante cuidar de nossa carreira com atenção, planejamento e carinho, como se fosse um “negócio” próprio, ou seja, temos de aprender que o mundo atual nos convida para que sejamos empregáveis, e ser empregável nada mais é do que reunir permanentemente as competências necessárias para atender às contínuas exigências do mercado de trabalho.
Hoje, é posição, praticamente, comum afirmar que o verdadeiro diferencial das empresas está apoiado nas competências e no contínuo desenvolvimento das pessoas. Esta é a nova regra do jogo. Segundo estudos já realizados, na virada do século, não existirão mais as relações formais de trabalho como hoje ainda praticamos e conhecemos. A maioria de nós será prestadores de serviços. A própria Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) tende a desaparecer.
Mudanças ainda maiores estão por acontecer. Acreditar nessa realidade e ter predisposição para aceitá-la, sem dúvida, já é um começo. Sem dúvida já é uma mudança.
Mexa-se...Aprenda a conviver com estes novos tempos; acredite nos seus sonhos, lute para realizá-los e, acima de tudo, seja feliz.
Pesquisa: Roberto de Oliveira Loureiro