" A transformação de vidas através da Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Humano."

24 de setembro de 2014

Você sofre da Síndrome de FOMO? Tem certeza?


Você conhece alguém, que se não estiver perto de um celular ou de um laptop para se conectar à internet fica muito nervoso? Ou que vive sempre ligado nesses dispositivos tecnológicos? Ou ainda que entram em um estado de quase pânico quando a bateria do celular está acabando e não há como carregar naquele momento? Porque, certamente, este alguém sofre do que é conhecido como a síndrome FOMO.
FOMO vem da sigla “Fear of Missing Out”, que significa algo como "O medo de perder alguma coisa”. O Brasil tem uma das maiores penetrações de smartphones e existem muitos viciados que não sabem ainda o que são. Estima-se que as pessoas com smartphones, consulte o telefone 150 vezes por dia.
Nos Estados Unidos e na Inglaterra, um estudo recente lança alguns números enormes: 56% dos entrevistados disseram ter medo de perder coisas importantes nas redes sociais se não for consultar. Vinte de sete por cento, a primeira coisa que fazem quando acordam é verificar as redes sociais. Vinte e seis por cento estão dispostos a desistir de coisas como trilha ou deixar de fazer um bom passeio  em locais isolados para não perder o acesso  nas redes sociais.
Nós não podemos estar em todos os lugares ao mesmo tempo, e isso é um problema, porque aqueles que tentam inevitavelmente caiem em frustração e ansiedade que são as consequências imediatas de FOMO -  medo de perder alguma coisa.
As redes sociais com atualizações em tempo real, como o whatsapp, Twitter e facebook pelo celular, fomentam  a “Fomo”, não deixando a pessoa se desligar das atualizações alheias.
O problema é que o indivíduo acaba não aproveitando efetivamente nenhuma atividade que está fazendo.
Pessoas assim possuem a necessidade de estar constantemente 'ligado' à Internet, porque, caso contrário, se sentem excluídos dos eventos que ocorrem ao seu redor, portanto, não tendem a se concentrar em absolutamente nada (incluindo o trabalho) que fazem, ou em quase nada.
Os sintomas mais comuns desta síndrome são:
·       Verifica constantemente as redes sociais e continuamente verificar se há atualizações de seus contatos.
·       Não “desgruda” do  celular, pois sempre está à espera de uma chamada ou mensagem.
·       Verifica o e-mail a cada ½ hora.
·       Checar mensagens no celular no cinema. As pessoas não podem, não conseguem ou não querem ficar desconectadas pela eternidade da duração do filme.
·       Enviar mensagens com frequência para estar ciente dos planos de amigos e familiares. Estar em uma reunião e sentir ansiedade de ser perdido o que acontece em outros lugares.
FOMO é apenas o novo nome para algo que existe já há tempos. Se é ou não um problema para o usuário, vai depender de com que frequência ele se conecta, se isso tem provocado prejuízos físicos, sociais, emocionais ou profissionais e também a percepção de exagero das pessoas que o cercam.
A FOMO agora começa a fazer cada vez mais parte de nossas vidas e permear nossos relacionamentos. Esse vício por informação e essa irritabilidade, ansiedade e indecisão, querendo sempre fazer parte de tudo que acontece por medo de estar perdendo tempo ou fazendo escolhas erradas levanta o questionamento sobre qual o resultado final disso tudo. Será que algum dia vamos alcançar a maturidade em nosso relacionamento com a tecnologia e as redes sociais? Ainda é cedo pra dizer e não se sabe ao certo quais os efeitos de tanta informação no nosso dia a dia. Mas não se pode negar que você aproveitava bem mais sua vida quando não ficava o tempo todo preocupado com suas redes sociais ou querendo fazer parte de tudo que acontecia.
Ainda que haja controvérsia mesmo sobre o uso abusivo da internet. Nem todos os profissionais classificam o comportamento como vício. Um dependente químico precisa se afastar das drogas, mas quem abusa do tempo na internet não pode eliminar completamente o computado. Simplesmente porque estamos em 2014. Nessas situações, o objetivo tem de ser o equilíbrio. A dependência de internet é comportamental, como a de sexo, de jogo e a de compras. E como seria a de se manter sempre atualizado.
Caso o autocontrole não funcione, o ideal é procurar algum tipo de terapia. O profissional é quem pode indicar um eventual tratamento psiquiátrico complementar, com medicação, se for o caso. A dependência de internet é um fenômeno historicamente novo e não ainda não há pesquisas o suficiente para aproximar os especialistas de certezas.
Outra questão muito importante que pode estar ou relacionada à FOMO, é a necessidade de aceitação perante a sociedade, isto é, pessoas vibram ou se frustram de acordo com a quantidade de likes que recebem em uma postagem. Tudo isto tem haver com problemas autoestima e de autoaceitação.
A relação familiar “olho no olho”, praticamente está extinta, e isto é triste...Muito triste.