" A transformação de vidas através da Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Humano."

18 de março de 2013

O trabalho e o sentido da vida.

O trabalho organiza nossa vida diária. Define o tempo e a história humana. E não importa se ele é pago ou voluntário, material ou espiritual, por conta própria ou para outros. Existimos em trabalho e por meio do trabalho. Do preparo do campo à construção da casa e das cidades. Da produção das artes às estruturas políticas, à vida religiosa, às relações familiares, à educação, à saúde, à cultura...
O trabalho nos revela para os outros e para nós mesmos. Por meio dele construímos nossa identidade. A partir dele descobrimos habilidades, poderes, limites, competências, alegrias, tristezas... Criamos vínculos com as pessoas, com os ambientes, com a cidade e a nação. Por meio dele entramos em contato com os costumes da sociedade, suas leis, sua moral, seus anseios e filosofia de vida, e os assimilamos. Nos comprometemos com causas e uns com os outros. Desenvolvemos interesses, afinidades, finalidades e metas para nossa vida. E também afinamos sonhos, medos, desejos...
O trabalho é o lugar privilegiado onde descobrimos, inclusive, para que viemos e do que nos compete cuidar nesta vida.
Todos sabemos que o envolvimento, sobretudo afetivo, com o trabalho que realizamos é de extrema importância. Esse aspecto, esquecido pela moderna administração, provoca um distanciamento, uma desvinculação das pessoas de seu trabalho. Se seu alvo são os resultados, o trabalho é um mero meio. E se a preocupação com a carreira for o enfoque principal, tornam-se secundários tanto o que fazem quanto os destinatários de seu trabalho e a organização em que o realizam.
Mas há alguns ofícios em que esse distanciamento é impossível. Se esse distanciamento se impuser, o trabalho não acontece. Como o ofício de professor. Ninguém ensina sem paixão pelo que estuda e pelo próprio ato de estudar e conhecer, de abrir horizontes e de descobrir possibilidades. Ninguém ensina sem paixão e envolvimento com o aluno, mesmo aquele que o desafia e contesta. Ninguém ensina sem estar seduzido pela sua cidade, seu país, o planeta e o universo, por seu tempo e sua história... Ninguém ensina se não fizer da escola sua própria casa.
Perder o trabalho é como perder a morada ? Perder a razão que justifica nossa existência ? Sair de cena, é ser exilado, é deixar de participar, com outros, da beleza do mundo.
Deixe seu comentário.
Fonte de Pesquisa: Dulce Critelli.

Nenhum comentário: