" A transformação de vidas através da Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Humano."

15 de fevereiro de 2013

Vendedores Ambulantes, e agora?

Muitos de nós reclamamos pelo grande número e pela insistência dos vendedores ambulantes, principalmente na beira mar. Mas hoje vejamos a situação dos mesmos sob outro prisma.
Por estarem na informalidade são excluídos pela sociedade como se o seu trabalho tivesse menor importância com relação às demais profissões. A Previdência Social, o Ministério do Trabalho, a Vigilância Sanitária e os demais órgãos estatais, não se preocupam em promover estudos ou programas que integrem estes trabalhadores, fazendo com que possam contribuir para a Previdência ou criando formas de trazer para este grupo de trabalhadores, dispositivos que os permita terem mais dignidade.
A criação de órgãos que atue na elaboração de propostas que tenha como finalidade, dar melhores condições de trabalho para estas pessoas, uma fiscalização diferenciada que procure orientar aos ambulantes e camelôs sobre a qualidade do meio ambiente – não só a limpeza, mas também a preservação – embora alguns tenham esta preocupação, higiene, pessoal, e dos produtos alimentícios que comercializam, assim como armazenamento, conservação, data de validade, transporte e embalagem.



A dura realidade destas pessoas é vista por todos, mas as autoridades fecham os olhos para o problema, pois não seria interessante cuidar deste caso, pois muitos políticos não seriam reeleitos, ou desagradariam à parte hipócrita da população, que lucra com a informalidade, já que muitos empresários têm na figura deste trabalhador um distribuidor de seus produtos, sem lhes ser garantido os direitos trabalhistas consagrados na CLT, e na Previdência Social, sendo uma maneira encontrada de burlar a lei, pois faz com que pareça serem eles o dono do negócio, uma vez que grande parte sem saber mantém com o empresário, vínculo empregatício. 
Essas pessoas carregam seus produtos nos ombros ou e carrinhos de mão improvisados. Trabalham sem carteira assinada, mesmo os que vendem picolés e mate nas praias para empresas conhecidas. Não possuem um horário de trabalho definido, tanto pode ser diurno ou noturno, ou trabalham nos dois horários. Não possuem EPIs, são expostos a ruídos e a condições adversas de temperatura, manuseando muitas vezes material tóxico, que fatalmente trará sérias complicações de saúde. Todos sem amparo legal ou profissão reconhecida.
Em suma, o vendedor ambulante se constitui em uma categoria excluída de seus direitos de registro como profissional, de acesso aos serviços de saúde e previdência social. Essa grande parte da população de trabalhadores presentes em todos os municípios do Brasil carece de estudos e uma atenção a sua saúde, centrada na sua realidade de trabalho e sua trajetória de vida. Em contrapartida devemos considerar a grande contribuição no desenvolvimento da sociedade através da sua ampla oferta de serviços contribuindo para o aquecimento de uma economia pautada pelo desemprego e pela precariedade de sua sobrevivência e baixa qualidade de vida.

2 comentários:

Anônimo disse...

Os vendedores podem se organizar. Depende, em parte, de ações dos gestores públicos (incluindo o JUDICIÁRIO E LEGISLATIVO). Boa, Gustavo. Beto.

Unknown disse...

Obrigado.