" A transformação de vidas através da Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Humano."

6 de fevereiro de 2013

As Escolas de Samba se tornam fontes de aprendizado organizacional.



Quem vê a alegria dos foliões num carnaval, seja numa escola de samba, seja num trio elétrico, não imagina a estrutura organizacional que existe por trás da festa popular. Aliás, o carnaval deixou de ser há muito tempo apenas uma inocente manifestação cultural para se tornar cada vez mais uma atividade profissionalizada que, como tal, tem muito a ensinar às organizações tradicionais.
Que empresa não gostaria de ter pessoas envolvidas, altamente motivadas, com criatividade e forte espírito de equipe? As organizações do carnaval têm estes elementos com muita naturalidade e sem gastar milhões em programa de treinamento, recompensas e benefícios. Mas qual o segredo? "O que ocorre é a aliança entre duas coisas, que no fundo toda a empresa busca, que é a aliança entre o dever e o prazer, a escola de samba consegue coisas fantásticas que acredito que sejam dignas de serem observadas"
O primeiro ponto é, sem dúvida, a motivação das pessoas envolvidas com uma Escola de Samba. O que faz um sambista, depois de trabalhar o dia inteiro, chegar à quadra da escola e ensaiar a letra por horas a fio com todo entusiasmo? Isto só pode ser entendido a partir de uma enorme paixão pela bandeira da escola.
O que as empresas precisam é mostrar o quanto é prazeroso para o colaborador estar naquele lugar, o quando é benéfico para ele ter um emprego, ter uma área para trabalhar, um projeto para desenvolver, e fazer com que ele se torne parte integrante do projeto final da empresa, que é a sucesso.
As empresas também buscam trabalhar no simbólico das pessoas. O profissional quer estar na empresa porque “ela é uma das melhores para se trabalhar”, isto gera status, ou seja, as empresas também buscam ter importância simbólica para ser objeto de desejo. Na verdade, as empresas têm inveja destas organizações que naturalmente e comunitariamente são um grande objeto de desejo.
Mas ao contrário do que se possa imaginar, a escola de samba não é uma balbúrdia aonde qualquer um faz apenas aquilo que gostaria. Elas conseguem no fundo ser uma espécie de caos organizado. Ela, na verdade, é uma estrutura muito rígida: tem uma dinâmica hierárquica muito forte com regulamento e regimentos internos e só pode ser assim para conseguir os resultados. E no fundo é o que muitas empresas buscam: ter lucro, ser uma empresa bem vista no mercado, em que as pessoas trabalham alegres e felizes, com aderência e interesse.
O interessante deste processo é que o planejamento de uma Escola de Samba é bastante participativo. Não é só planejar, é envolver e comprometer as pessoas com o processo em si. Não adianta fazer um samba-enredo muito bonito, se não tiver apelo para seu público, que são os grandes clientes de uma escola. Por outro lado, é preciso "vender" isto para as pessoas que vão participar do desfile e que vão compor a escola. O que as escolas fazem nada mais é do que satisfazer as necessidades do seu público externo e interno, e as fazem com grande competência.
Fonte: RH Central.

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