" A transformação de vidas através da Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Humano."

20 de janeiro de 2015

Você tem Síndrome de Gabriela?


"Eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim... Gabriela... sempre Gabriela". Tem muita gente com síndrome de Gabriela que repete o discurso: eu nasci assim, e sou mesmo assim e não mudo, não mudo e não mudo!  E então, conhecem alguém assim? Com certeza sim, porque fomos sempre ensinados a procurar por segurança, por situações em que nos sintamos confortáveis e acomodados. E enquanto algumas pessoas estão constantemente abertas a novidades, outras tendem a escolher aquilo que lhes é conhecido e familiar, recusando-se a alterar seu estilo de vida.
Mas por que será que isso acontece? Por que tudo o que é novo, não habitual, diferente daquilo com o que estamos acostumados, nos causa tanto medo? O medo do não controlável, do que surpreende, que chega sem ser convidado ou aparece de onde não se espera, o medo do novo e do desconhecido. Na verdade, parece que o que pode dar errado é visto com muito mais ênfase do que perceber o que pode dar certo. Não é isso? O novo incomoda em todas as esferas do conhecimento. Mas isto não deveria ser necessariamente ruim e sim uma oportunidade de testarmos nossa capacidade
Em primeiro lugar, não é minha intenção desmerecer o medo, pois ele é muito útil. A sensação de medo diante de algo novo e desconhecido é normal, afinal de contas as mudanças são inerentes à vida. É uma forma de defesa para que possamos nos regular em relação à realidade. Dessa forma, fica claro que não estou me referindo ao medo em si, mas ao excesso dele, pois observo muitas pessoas ficarem esperando as coisas acontecerem para depois acreditarem serem possíveis. Somente vivem suas vidas como aquela música: "deixa a vida me levar, vida leva eu..." E dessa forma “justificam” sua inércia e comodismo por faltar-lhes garra e coragem para enfrentar os desafios da vida.
Não é preciso ser nenhum estudioso no assunto para saber que algumas pessoas preferem permanecer na “zona de conforto” cerebral. Ou seja, fazendo quase tudo da mesma forma e esperando um resultado diferente. Ora, o mundo é mais confortável, a vida é mais segura se soubermos o que nos espera, como agir e que reação ter em diferentes circunstâncias. O medo vem de dentro pra fora, vem dos arquivos internos que acabam por acionar o padrão do medo a qualquer pequeno sinal de algo que possa retirar o pleno controle de nossas mãos.
O novo gera insegurança, estimula tentativas, experimentos e convida a novas reflexões. Para ir em frente tem que está disposto a errar. Erros e falhas não devem ser encarados como derrotas, mas como bússolas. Além disso, é muito pior arrepender-se por algo que não fez do que por algo que nem tentou.
Existem dois tipos de medo: Um que serve para nos manter alerta e o outro que possui efeito paralisante e não nos deixa agir. No segundo caso, seguimos aprisionados ao medo de errar, de perder, de ousar, de fazer diferente e perdendo, quem sabe, grandes oportunidades de avançar e superar obstáculos que antes poderiam até parecer intransponíveis. Isto exige uma mudança em nosso padrão usual de reação, que deve passar do medo e da negatividade, para o otimismo e a confiança.
E quando falo em superação não estou me referindo apenas às vantagens no aspecto emocional, pois não é nenhuma novidade que atualmente as empresas não preservam mais limitações, e sim buscam profissionais abertos às mudanças, receptivos a desafios e dispostos a serem diferentes da maioria. Hoje em dia e no futuro sobreviverão aqueles que forem mais ágeis, mais rápidos, mais dinâmicos e assertivos.
Sem o elemento da novidade não haveria caminhada, nem arte, nem projeto, nem construção, sem o elemento do desconhecido não haveria construção de conhecimento, nem progresso, nem crescimento. A grande certeza da vida sabe qual é? É que sempre há mudança.
E você? Tem medo do novo? Medo de mudar? Com certeza todos nós sofremos um pouco dessa "síndrome", mas não devemos deixar que ela nos "turve a visão e paralise nossas pernas" nos impedindo de vislumbrar novos horizontes, correr atrás dos nossos objetivos e de experimentar coisas novas.

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