" A transformação de vidas através da Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Humano."

19 de junho de 2014

Abertura da Copa 2014: Na verdade o 1º gol contra.

Quando assisti a abertura da Copa no último dia 12/06, fiquei na grande expectativa de que algo fantástico ainda estava por surgir na TV. Quando menos esperava, a cerimônia havia acabado. Imediatamente tive uma sensação de vergonha, indignação e revolta. Revolta por ter talentos internos espetaculares que não foram aproveitados.
É claro e evidente que interesses políticos e internacionais estão em jogo. Mas isso só fez minha revolta aumentar. Não estou aqui questionado fatores políticos/econômicos que favoreceram a contratação da belga Daphné Cornez como responsável, mesmo porque esse não é o objetivo dos meus artigos. Realmente não me interessa quem é ou foi responsável pela tremenda mancada.
No entanto, como gestor de pessoas e fazendo uma breve analogia com a gestão de talentos, me senti naquele momento como um colaborador talentoso  não reconhecido, onde quem ficou com a vaga, foi o sobrinho do dono. Automaticamente, me senti desmotivado e “enfurecido”. E é justamente essa sensação que ocorre dentro das organizações onde esse tipo de “injustiça” ocorre e muitas vezes para todo mundo ver.
Desperdiçar talentos internos como os dos
carnavalescos, e coreógrafos (responsáveis pelos grandes espetáculos no Rio, São Paulo e Parintins) na abertura da Copa 2014, foi o primeiro gol contra do Brasil antes do oficial feito por Marcelo. Há quem pergunte se queríamos uma escola de Samba no Estádio. Não! Queríamos um espetáculo digno dos talentos aqui presentes.
Para entendermos melhor Gestão de Talentos é um conjunto complexo de processos integrados que fornecem um benefício "óbvio" e fundamental para qualquer organização: o desenvolvimento das potencialidades de seus colaboradores.
Organizações e líderes (políticos ou não) sabem que o nível de desempenho dos negócios é impulsionado pelo talento, e a satisfação está embutida na concretização de qualquer negócio. Bom...Talvez não sejamos a parte interessada e sim utilizada.
A Gestão de Talentos justifica-se porque o fator essencial de qualquer organização é o talento. A qualidade de seus colaboradores é o seu verdadeiro diferencial competitivo. Onde as pessoas são a diferença e a Gestão de Talentos é a estratégia. Se partirmos deste princípio, já perdemos a Copa desde sua cerimônia de abertura.
A Era do Conhecimento mudou a base do valor econômico de ativos de informação através de comunicação integrada e Tecnologia da Informação. Agora, a batalha competitiva é a busca pelas melhores pessoas, porque elas são os criadores do verdadeiro valor. Enfim, se formos seguindo com as analogias, veremos que tudo começou errado.
Ao contrário do possam estar pensando, o grande objetivo deste artigo não é abrir os olhos da sociedade em relação à abertura da Copa e o que há ou não por trás dela, muito embora, como estudante de sociologia, não nego, a vontade é muita, pois desta vez nem “circo nos deram”. Mas na verdade, o grande objetivo deste artigo foi mostrar a importância da gestão de talentos dentro das organizações, da valorização desses talentos, muitas vezes internos e das consequências negativas que podem ocasionar uma gestão mal feita.
A minha, ou talvez a nossa revolta seja a mesma que o não reconhecimento, o não aproveitamento, o não investimento intelectual causa em inúmeros colaboradores. E a gestão de pessoas, tem papel fundamental em não deixar, ou pelo menos “abrir os olhos” dos empresários, diretores e executivos organizacionais para que esse tipo de “mancada” não ocorra da mesma forma.

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