Quando
assisti a abertura da Copa no último dia 12/06, fiquei na grande expectativa de
que algo fantástico ainda estava por surgir na TV. Quando menos esperava, a
cerimônia havia acabado. Imediatamente tive uma sensação de vergonha,
indignação e revolta. Revolta por ter talentos internos espetaculares que não
foram aproveitados.
É
claro e evidente que interesses políticos e internacionais estão em jogo. Mas
isso só fez minha revolta aumentar. Não estou aqui questionado fatores
políticos/econômicos que favoreceram a contratação da belga Daphné Cornez como
responsável, mesmo porque esse não é o objetivo dos meus artigos. Realmente não
me interessa quem é ou foi responsável pela tremenda mancada.
No
entanto, como gestor de pessoas e fazendo uma breve analogia com a gestão de
talentos, me senti naquele momento como um colaborador talentoso não reconhecido, onde quem ficou com a vaga,
foi o sobrinho do dono. Automaticamente, me senti desmotivado e “enfurecido”. E
é justamente essa sensação que ocorre dentro das organizações onde esse tipo de
“injustiça” ocorre e muitas vezes para todo mundo ver.
Desperdiçar talentos
internos como os dos
carnavalescos,
e coreógrafos (responsáveis pelos grandes espetáculos no Rio, São Paulo e Parintins)
na abertura da Copa 2014, foi o primeiro gol contra do Brasil antes do oficial
feito por Marcelo. Há quem pergunte se queríamos uma escola de Samba no
Estádio. Não! Queríamos um espetáculo digno dos talentos aqui presentes.
Para
entendermos melhor Gestão de Talentos é um conjunto complexo de processos
integrados que fornecem um benefício "óbvio" e fundamental para qualquer organização: o desenvolvimento
das potencialidades de seus colaboradores.
Organizações
e líderes (políticos ou não) sabem que o nível de desempenho dos negócios é
impulsionado pelo talento, e a satisfação está embutida na concretização de
qualquer negócio. Bom...Talvez não sejamos a parte interessada e sim utilizada.
A
Gestão de Talentos justifica-se porque o fator essencial de qualquer
organização é o talento. A qualidade de seus colaboradores é o seu verdadeiro
diferencial competitivo. Onde as pessoas são a diferença e a Gestão de Talentos
é a estratégia. Se partirmos deste princípio, já perdemos a Copa desde sua cerimônia
de abertura.
A
Era do Conhecimento mudou a base do valor econômico de ativos de informação
através de comunicação integrada e Tecnologia da Informação. Agora, a batalha
competitiva é a busca pelas melhores pessoas, porque elas são os criadores do
verdadeiro valor. Enfim, se formos seguindo com as analogias, veremos que tudo
começou errado.
Ao
contrário do possam estar pensando, o grande objetivo deste artigo não é abrir
os olhos da sociedade em relação à abertura da Copa e o que há ou não por trás
dela, muito embora, como estudante de sociologia, não nego, a vontade é muita,
pois desta vez nem “circo nos deram”. Mas na verdade, o grande objetivo deste
artigo foi mostrar a importância da gestão de talentos dentro das organizações,
da valorização desses talentos, muitas vezes internos e das consequências
negativas que podem ocasionar uma gestão mal feita.
A
minha, ou talvez a nossa revolta seja a mesma que o não reconhecimento, o não
aproveitamento, o não investimento intelectual causa em inúmeros colaboradores.
E a gestão de pessoas, tem papel fundamental em não deixar, ou pelo menos
“abrir os olhos” dos empresários, diretores e executivos organizacionais para
que esse tipo de “mancada” não ocorra da mesma forma.
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