" A transformação de vidas através da Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Humano."

7 de outubro de 2013

O DIREITO DE NÃO FAZER NADA.

Acordar cedo, trabalhar, se alimentar bem, ler o jornal do dia, planejar as férias, ir à academia, enviar SMS romântico para a namorada, contratar uma nova faxineira, folhear a revista da semana, responder os e-mails pessoais, arrumar a luz de ré do carro, acessar o blog, me lembrar da postura, ligar para o eletricista, tomar uma taça de vinho por dia, dar uma olhada no Face, cancelar o cartão de crédito que você não pediu, comprar o presente da Renata, fazer dieta, ficar por dentro das notícias, estudar Inglês. Ufa!
Neste cenário de manifestações coletivas e individuais, quero manifestar pelo direito de não fazer nada. Não. Não quero largar o emprego, fazer a barba e viajar pelo mundo sem destino. Só quero o direito de não fazer nada e não me sentir culpado. Não achar que ir pra casa direto do trabalho sem passar no supermercado é um crime. Que ficar um tempo sem me dedicar a uma especialização vai me deixar menos inteligente. Assistir aquele reality show na TV vai me transformar em uma pessoa fútil. Ficar off-line por mais de um dia vai me deixar de fora das coisas que acontecem no mundo.
Quero poder esquecer o telefone em casa e não sentir que me falta um braço. Comer um pacote de biscoito de bacon com a mesma satisfação e orgulho com que como um prato de salada. Usar havaiana com jeans porque eu gosto e não porque é tendência.
Como era bom quando eu não sabia o que era caloria. Quando receber um e-mail era tão bom quanto receber uma carta hoje em dia. O mais próximo que sabia de Inglês era uma paródia da música Baby Can I Hold U de Tracy Chapman -http://www.youtube.com/watch?v=O1SZYYsFYIg
Ficar acomodado ainda era algo bom. A única aeróbica que conhecia era a do Faustão (detalhe: hoje odeio esse programa), que de academia só tinha as camisetas.
Mas sem crise, saudosismo ou repúdio a evolução. Pelo contrário. Adoro tudo que é novo. A agilidade, a conectividade, a tecnologia, o acesso. Ainda quero trabalhar dez horas por dia, ficar magro, programar uma graduação, me conectar a uma nova mídia social, fazer networking, estudar Francês e aprender a fazer sushi. Mas também quero poder ter o direito de não fazer nada, de vez em quando. Será que consigo? Acho que não.....Mas seria ótimo.
Fonte de Pesquisa: RH Portal.

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