" A transformação de vidas através da Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Humano."

22 de dezembro de 2014

Só não vale dizer que não dá mais tempo para mudar os planos.

Provavelmente, hoje, a maioria das empresas já festejou o Natal com seus colaboradores. Sou capaz de apostar que, com poucas exceções, as ações não ofereceram nada de muito original, quer ver?

·       Distribuição de Cestas de Natal para os funcionários;
·       Distribuição de brinquedos para os filhos dos funcionários, conforme as faixas de idade;
·       Concurso entre as áreas, com prêmios para a mais bonita ou criativa Árvore ou Enfeite de Natal;
·       Churrascada ou jantar de confraternização, com troca de presentes do "Amigo Secreto" - depois de resolvida o eterno dilema: com ou sem a presença dos cônjuges?

Acertei? Pois é, como eu disse: nada de muito original. Não que as Cestas de Natal não sejam bem-vindas, assim como os brinquedos. Também não estou dizendo que os concursos internos não sejam motivadores.
O que hoje gostaria é de lembrar às empresas e particularmente aos responsáveis pelas políticas e práticas de Gestão de Pessoas que o mundo organizacional e as relações capital/trabalho estão mudando e que, portanto, está na hora de mudarmos também algumas formas e fórmulas antiquadas de buscar a boa qualidade do clima interno nas empresas.
Do modo como essas comemorações são tradicionalmente feitas, lembram muito aqueles abraços e beijos automáticos e ritualísticos que são trocados em reuniões e encontros formais: são dados de acordo com o figurino, mas sem um pingo de emoção verdadeira, de afetividade, de calor humano autêntico. É um mero atendimento da etiqueta. Tenho a sensação de que são assim essas comemorações de fim de ano na maioria das empresas. Com algumas honrosas exceções, essa festividade é vista e realizada apenas como mais um item a ser cumprido dentre vários outros da política social da Gestão de Pessoas.
Muito bem - e qual é a proposta?
A proposta é inovar, criar, surpreender e encantar o colaborador com atitudes, ações e programas que possibilitem a manifestação de emoções e sentimentos verdadeiros. Que tenha a cara de um caloroso encontro de pessoas. De gente festejando gente, sem discursos ensaiados de chefes no intervalo da música da churrascada ou após a sobremesa do jantar.
Fico imaginando coisas nada revolucionárias, mas certamente incomuns, como, por exemplo, o presidente de empresa - que muitos colaboradores nem conhecem, nunca apertaram a mão ou com quem nunca trocaram uma palavrinha - fico imaginando esse homem “poderoso” passeando informal e descontraidamente pelos corredores dos escritórios, parando um pouco nas portarias, no almoxarifado, na enfermaria, nas filiais de vendas e cumprimentando todo aquele pessoal que defende sua empresa e que, quando pode, faz a alegria dos acionistas.
Bem....Mas voltemos ao tema inicial deste artigo, com uma pergunta para a reflexão do leitor: será uma polpuda Cesta de Natal, um atraente brinquedo para o filho, uma farta churrascada ou um lauto jantar na última semana do ano que vão fazer desaparecer ou ao menos cicatrizar as feridas abertas durante as 47 semanas anteriores?
Solidariedade, generosidade e alegria não deveriam ser marcas registradas apenas do Natal. Para os corações de boa vontade, que sabem o valor dos gestos de afeto, amizade, consideração e reconhecimento, o Natal é todo dia - como todo dia é o Dia da Secretária, Dia dos Pais, da Criança, dos Namorados e todos os demais para os quais você não precisa comprar diariamente nenhum presente: basta um sorriso amigo, uma palavra de apoio, um gesto de solidariedade - se puder, temperados com carinho e bom humor.
Não me perguntem o que as empresas poderiam fazer para comemorar, de forma criativa, o próximo natal. Mais do que os neurônios, o coração dos profissionais de Gestão de Pessoas pode responder - ou, quem sabe, do próprio presidente da organização.
Só não vale dizer que não dá mais tempo para mudar os planos.


Um Feliz Hoje para todos!

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