Muitas são as organizações que aplicam no mínimo
uma vez ao ano, a pesquisa de clima e depois, apresentam gráficos e planilhas
belíssimas com o resultado adquirido. Porém, os indicadores são basicamente os
mesmos e as insatisfações também. O que muda é o CNPJ... Porém, nessa hora,
precisamos pensar: será que estamos no caminho certo? Esses indicadores
representam realmente o que precisamos melhorar? E me questiono mais
profundamente: e o que falta para mudarmos o cenário? Como profissional da área
há muitos anos, penso que as coisas podem ser infinitamente mais simples do que
imaginamos... Quantas são as organizações que possuem um RH por
"possuir"? Quantas realmente "ouvem" o que os profissionais
de RH têm para dizer? O próprio cenário de RH mudou e muitas das coisas que
foram construídas ao longo dos anos, estão se perdendo pelo despreparo de
muitos e que querendo ou não, acabam influenciando negativamente e colocando
tudo o que foi construído, ladeira abaixo. Vejam, essa crítica serve como
alerta, como algo positivo e não negativo. É óbvio que precisamos enxergar o
que está sendo exposto e raciocinar de maneira lógica e com coerência. Para
muitos, poderá num primeiro momento, passar a impressão equivocada e
generalizarmos tudo... Por outro lado, precisamos acordar e rever conceitos,
atuar de maneira mais estratégica e menos operacional e retomar o RH ao seu
real papel, o de transformar pedras brutas em diamantes.Enxergar os próprios
erros já será sem dúvida um grande passo. A pesquisa de clima serve como
termômetro para que uma organização avalie o que os colaboradores pensam da
empresa... pelo visto, a maioria está com febre! Cabe ao profissional de RH, em
conjunto com os demais gestores, encontrar o antídoto.
Quantos não gostariam apenas do respeito de seus
gestores? De um ambiente feliz... Se compararmos um filme de Charles Chaplin com
os dias atuais, temos a sensação de que nada mudou. Claro que isso não é uma
verdade absoluta e muita coisa mudou sim: a tecnologia empregada nas máquinas,
o processo produtivo em si, os inúmeros procedimentos criados para facilitar o
trabalho, os salários, os benefícios... Mas e as pessoas? Tantas coisas
mudaram, mas as pessoas teimam em repetir velhos hábitos e atitudes. Não
podemos tapar o sol com a peneira. Somos educados para vencer sempre. Somos
comparados o tempo todo, desde o dia em que nascemos... “o filho de fulana
nasceu bem mais forte do que o da ciclana”... E por aí vai. O individualismo
impera, a inveja também. A falta de tato para lidar com os outros então nem se
fala... Paciência zero! Vemos pessoas infelizes em grandes organizações, porém,
por conta de uma gama de benefícios, bons salários etc, faz com que “aturem” e
a medida do possível, sobrevivam nas mesmas. Isso é clima saudável? O que
queremos esconder? Será que é o medo de perder o próprio emprego? É provável...
Acorde! Reaja! Faça a diferença! Use a inteligência e abuse da criatividade. As
organizações vão agradecer se realmente tiverem pessoas comprometidas e felizes
pelo simples fato de pertencerem a mesma e não pelo o que elas oferecem.
Lembre-se que a empresa vizinha também pode ter os mesmos benefícios que a sua
ou até mais, mas se o ambiente não for agradável, as pessoas irão sair da mesma
maneira.Boa Sorte!
Fonte de Pesquisa: Silvia Lopes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário