É
muito comum encontramos nos ambientes que circulamos pessoas se mostram
tímidas, inseguras e frágeis frente ao outro ou determinadas situações.
Geralmente reservadas, com poucos amigos e vida social discreta, elas parecem
estar sempre se escondendo dos outros e delas mesmas. Preferem que alguém fale
por elas, concordam com quase tudo e criam escudos imaginários para evitar que
os outros percebam suas imperfeições, incapacidades ou limites.
Isso
deve causar grande sofrimento. Como parte do nosso processo de crescimento e
amadurecimento, ao longo da vida aprendemos a lidar com nossas limitações e
temores, principalmente frente ao novo, ao desconhecido. Algumas pessoas
apostam em novas aprendizagens destemidas de que tudo pode ser superado,
solucionado. Outras esperam anos a fio para que algo de mágico aconteça e a
vida seja modificada.
Como
todo aprendizado, o caminho às vezes revela-se árduo provocando desânimo e
vontade de recuar. Importante lembrar que o medo, a raiva, o amor, o ódio, a
tristeza, a coragem são estados inerentes da condição humana, assim como ganhar
e perder, acertar e errar, amar e não ser amado, querer e não ter, tentar e não
alcançar não importando o lugar, a posição social, o gênero ou a idade. O que
difere entre as pessoas é a intensidade como vivenciam suas experiências, o
valor dados às mesmas e suas permanências. Deixar a fragilidade à mostra não é tão penoso como às pessoas
imaginam e orienta para a importância de não sermos tão reativos diante de uma
crítica. Segundo o mestre, esse pode ser um excelente momento para tirar as
primeiras amarras que prendem às possibilidades de descobertas e aprendizagens.
Por
isso, basta de acreditar que nada pode ser mudado. Basta de se esconder embaixo
de camadas de proteção que o tempo cuidará de desfazer. A dor excruciante desse
processo de mudança ao ficar guardada dentro de nós permitirá sermos mais úteis
ajudando pessoas a curar aquilo que já experimentamos.
Tudo
que é novo leva tempo para aprender e trocar a casca com o tempo cristalizada.
O molusco abandona a concha se ela não lhe serve mais. Os pássaros migram em
busca de alimentos. As plantas são podadas para continuar florescendo. A noite
chega anunciando um novo dia. Tudo é permanentemente transformado, ajustado,
realinhado. Assim devemos ser nós. Ampliar e expandir nossa consciência.
Preparar outra “casa” para que novos talentos, capacidades e possibilidades
cheguem até nós e, por fim, saborear tranquilamente nossa existência por meio
de escolhas mais inteligentes.
Fonte de Pesquisa: Elizabeth de Oliveira.
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