Como
gestor de RH e até mesmo como colaborador, uma das coisas que mais me deixa
indignado no setor de trabalho é o clima da velha e famosa “fofoca”. Sabemos
que desde os tempos mais remotos isso sempre existiu e infelizmente sempre
existirá. Mas cabe a mim tentar conscientizar as pessoas que por aqui passarem de
como esse mal é prejudicial na vida de um colaborador.
Concordo
com o fato de que somos seres humanos e consequentemente repletos de falhas,
todavia creio e trato esse fato específico como uma questão de caráter.
Pude
presenciar várias situações lastimáveis de como a “fofoca” no setor de trabalho
ou na empresa influenciou negativamente na vida das pessoas. Quando me refiro a
“fofoca”, não me refiro somente a chamada “fofoca saudável”, isto é, quando uma
colega comenta com outra do corte de cabelo de uma determinada pessoa, ou
quando um colaborador comenta sobre a mancha na gravata do líder. Refiro-me
principalmente a “fofoca” nociva, onde nesta sim, a vida pessoal é invadida de
tal forma, que pasmem, existem empregados (empregados porque não considero esse
tipo de pessoa como colaboradores) que perdem grande parte das horas
“trabalhadas” como detetive da vida alheia.
Os
colaboradores mais introvertidos ou simplesmente aqueles que não comentam suas
vidas pessoais são geralmente vítimas desse tipo de situação. Os fofoqueiros de
plantão se incomodam por não terem acesso à vida pessoal desse colaborador...E
isso passa a ser uma meta. Geralmente os “plantonistas” procuram se agrupar,
para depois atacar. Sei de casos onde funcionários seguiram colegas de trabalho
na volta para casa só para saber um pouco mais sobre a vida particular deles.
Enganam-se
aqueles que pensam que as vítimas não percebem toda a situação ao redor, e o
sofrimento que isso causa. Muitas pessoas não aguentam a pressão e solicitam
desligamento.
Os
gestores de RH, infelizmente não possuem uma bola de cristal no processo de
recrutamento e seleção para detectar os “fofoqueiros”, mas algumas técnicas
podem ser utilizadas.
Em
particular, ao identificar funcionários que fazem parte do clube dos
fofoqueiros, em minha opinião, a ação mais acertada é: sem conversa, sem
encaminhamento para o psicólogo....É desligamento certo e de preferência sem
carta de referência. Alguns podem estar se perguntando: “mas e se for um bom
profissional?”... Sem problemas o mercado está cheio de bons profissionais
desempregados. Radical demais? Mas o papel do RH não é tratar de problemas dos
colaboradores? Pois bem, verdade, o RH cuida ou trata de problemas ligados aos
colaboradores e muitas vezes ocorrem encaminhamentos para o psicólogo da
empresa, no entanto, o RH cuida dos problemas ou situações, mas do caráter das
pessoas só Deus pode tratar.
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