No
meu ponto de vista, quando um colaborador entra de férias, são necessários em
média 3 dias para que o cérebro capte a informação e comece a enviar sinais
para o corpo de que é hora de relaxar. Em contra partida, o inverso acontece
nos 6 últimos dias de férias, ou seja, a mente já envia sinais ao corpo de que
pode-se começar a pensar no retorno. Lógico que isso possui suas variáveis, e o
“pensar no retorno” ao trabalho possa não criar aspectos negativos, mas isso
depende também do clima organizacional da empresa.
Mas se a tristeza da volta ao trabalho
estiver presente. O último final de semana de folga, a última noite, os
segundos finais com a perna para o ar. Se cada minuto mais perto da volta ao
trabalho representa dor e sofrimento, cuidado. É possível estar sofrendo de
depressão pós-férias.
Depois
de alguns dias de absoluto descanso, é hora de voltar ao trabalho, à rotina e
aos problemas relacionados a ele. De repente, o profissional se sente
angustiado, ansioso, com dores musculares e até dormir, apesar do cansaço,
parece que fica muito mais difícil.
Esse
é o retrato de 23% dos profissionais que sofrem depressão pós-férias, segundo
uma pesquisa realizada em 2012 pela Isma-BR (International Stress Management
Association no Brasil).
Segundo
o estudo, os principais sintomas físicos são dores musculares (incluindo dor de
cabeça), cansaço, insônia e problemas gastrointestinais. Entre os sinais
emocionais, estão: angústia, ansiedade, culpa e raiva.
Mas
não se assuste se nas duas primeiras semanas de retorno ao trabalho a motivação
não aparecer. Especialistas explicam que nesse período há uma adaptação do
corpo a uma rotina que o trabalhador não estava mais acostumado. Contudo se o
problema persistir por mais de duas semanas, é importante procurar ajuda médica
ou psicológica.
Na
verdade, a depressão pós-férias é caracterizada por uma insatisfação anterior
no trabalho (falta de possibilidade de promoção ou aperfeiçoamento
profissional, ambiente hostil ou não confiável e conflitos interpessoais).
Portanto, não acontece de forma súbita, é resultado de um sofrimento que já era
percebido antes e que se manifesta com mais intensidade após o período de
descanso.
Segue
abaixo algumas dicas para se evitar os sintomas:
- Não faz mal olhar o e-mail do trabalho de vez em quando;
- Entrar em contato com os colegas de vez em quando;
- Aproveitar os dias sem trabalho para conhecer novas pessoas, viajar e se deliciar com outras culturas, além de descansar;
- Organizem bem o trabalho antes de entrar de férias. Deixem tudo programado e planejado para que os colegas o possam ajudar a não encontrar tarefas acumuladas na volta;
- Nos últimos dias, começar a adotar a rotina de forma moderada.
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