Artigo de hoje do Jornal O Diário.
Se preferir, leia aqui!
É
lamentável quando encontramos empresários e gestores (ou que pelo menos se consideram
gestores) que são cientes da importância dos colaboradores hoje em suas
empresas e gritam para o mundo todo ouvir “meu maior patrimônio são meus
funcionários”, afinal de contas eles não querem se passar por arcaicos. Digo
lamentável, pois em minhas andanças pelas empresas, muitas vezes observo o
inverso do que é dito. Esses mesmos empresários, pois para mim não passam de
empresários e não gestores visam uma única coisa: LUCRO.
De
forma alguma estou aqui dizendo que não ter lucro em uma empresa é irrelevante,
muito pelo contrário, sem lucratividade, não há empresa. O que estou querendo
dizer é que os colaboradores até então ditos como maior patrimônio, são na
verdade, “escravos” de um sistema interno que vivem a mercê do medo de ficarem
desempregados, tendo por muitas vezes seus direitos ignorados.
Um
dos grandes fundamentos do marketing, é que o cliente é o foco principal para
qualquer organização, não só os clientes (consumidores), mas também e principalmente
os clientes internos e colaboradores. Porém se não houver um entrosamento que
se origina desde a diretoria da empresa até ao auxiliar de serviços gerais, não
há marketing que dê jeito no aumento da lucratividade. Isso porque os
colaboradores estão totalmente insatisfeitos e calados. Assim sendo, nenhuma estratégia
tomada por empresas com esse perfil terá o resultado esperado. E o dito
“gestor” continua a ver somente à sua frente $$$$. Luta... luta e nada de
resultado e se tiverem “sorte” ficarão sempre na mesmice por anos a fio.
E o
que mais me assusta, é que esses mesmos empresários participam de palestras e workshops,
mostrando talvez para a sociedade o quão antenados são. E mesmo sabendo do
advento das novas tecnologias, da globalização da produção, da abertura das
economias, internacionalização do capital e das constantes mudanças que vêm
afetando o ambiente das organizações, na verdade não conseguem nem ouvir a expressão
“gestão de pessoas”, porque para ele, ele é o gestor de pessoas, para ele
somente “o olho do dono engorda o gado” e talvez não consigam ouvir e nem implantar
um recursos humanos na empresa, porque afinal de contas para que investir seu
capital em algo que ele faz “tão bem”?
Mal sabem eles (ou não querem saber) que é o melhor investimento que
possam fazer, mal sabem eles que um verdadeiro gestor de pessoas seja o bote
salva vidas.
Não
estou falando sobre o regionalismo (ou talvez esteja), mas sim sobre antigos
valores que ainda permanecem e que são contrários aos pressupostos da
sustentabilidade, do local e do humano. Friso que o resgate da dignidade do
“ser humano” é condição indispensável para que os atuais padrões empresariais
se transformem em qualidade de vida. E é
nesse ambiente de transformações econômicas, sociais, ideológicas e políticas
que os gestores de pessoas percebem o capital humano como fonte de vantagem
competitiva e que treinamento e desenvolvimento de pessoas são os investimentos
mais frequentemente citados para desenvolvimento de capital intelectual.
Entretanto,
quando questionados sobre o tratamento dado aos valores alocados a ações de
treinamento e desenvolvimento, muitos “gestores” ainda consideram como despesas.
Então
fica a dica para quem trabalha em empresas assim: Não tenham medo, é difícil,
eu sei, mas procurem algo melhor, invistam em cursos de capacitação, técnicos
dentre muitos outros e saiam das garras de empresários que ainda se comportam
assim. Sejam livres e busquem a satisfação, o crescimento e a felicidade. Não a
felicidade plena, pois na minha opinião ela não existe, mas busquem uma empresa
onde os momentos felizes que ela te
proporcionará, serão capazes de mudar a sua vida!
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