Artigo de hoje no Jornal O Diário.
Não
há dúvidas de que o termo “trabalho” é um dos mais centrais da modernidade,
prova disto é que conceituados autores abordam o assunto de forma tão intensa,
que suas obras giram em torno do “trabalho” e de seu significado.
O
trabalho tem sido um conceito tão crucial, que a maioria das pessoas acredita
atualmente que ele é algo natural ao homem, que a própria existência do ser
humano implica necessariamente algo que chamamos “trabalho”.
No
entanto, isso não é assim. Claro que o ser humano sempre, como qualquer outra
espécie animal, teve que desenvolver algum tipo de atividade a fim de buscar o
sustento para si mesmo e para seus próximos. Mas isso não é necessariamente
trabalho. O conceito de trabalho é algo mais complexo do que a mera atividade
de conseguir o sustento.
O
trabalho, que nunca teve antes as funções que tem hoje, cada vez está mais no
centro de nossas vidas, tendo convertido‑se, inclusive, em nossa vida. De fato, atualmente são
muitos os autores que defendem que o trabalho é a essência da natureza humana, proporcionando‑nos não apenas os
meios materiais para viver, mas, também, nossa
própria realização pessoal e nossos vínculos sociais (prova disto é o
grande número de grupos em busca de empregos nas redes sociais, e até mesmo a
satisfação pessoal de ter o perfil “onde trabalha” preenchido). Será que sem trabalho, não seríamos
nada, nem ninguém? O trabalho é nossa
essência e nossa condição.
Como
forma de expressão do indivíduo, o trabalho pode ser comparado à arte. É a
manifestação de algo interno que se apresenta na concretização do esforço
despendido, expondo crenças, atitudes e valores. Este princípio é válido tanto
para aquele satisfeito com seu trabalho quanto para o insatisfeito.
Para
a pergunta: “se você tivesse bastante dinheiro para viver o resto da sua vida
confortavelmente sem trabalhar, o que você faria com relação ao seu trabalho?”
A grande maioria responderia que continuariam a trabalhar mesmo assim. As
principais razões são as seguintes: para se relacionar com outras pessoas, para
ter o sentimento de vinculação, para ter algo que fazer, para evitar o tédio e para
se ter um objetivo na vida, prova disto é que inúmeros desempregados não gostam
ou não param para pensar em sua situação, pois especificamente esse ato de
pensar, lhe trará angústias, reflexões passadas o que fatalmente comprometerá
sua qualidade de vida, que na verdade, só atrapalha para uma nova inserção no
mercado de trabalho, que exige acima de tudo motivação pessoal, paciência,
qualificação, perseverança e fé.
Concordo
com alguns tantos autores, que alegam que três características contribuem para
dar sentido ao trabalho: A variedade das tarefas, a identidade do trabalho e o significado do trabalho (a capacidade
de um trabalho ter um impacto significativo sobre o bem-estar ou sobre o
trabalho de outras pessoas, seja na sua organização, seja no ambiente social).
Vale
a pena, então, tentar compreender o sentido do trabalho hoje para você e
determinar as características que deveria te apresentar a fim de que ele tenha
um sentido para sua vida pessoal. Porque nada melhor do que trabalhar, mas
acima de tudo trabalhar feliz. Pense nisso!
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