Com
o dia delas se aproximando, nada melhor do que falar sobre elas. As mães, que além
de enfrentarem os desafios acirrados do mercado de trabalho, tentam conciliá-los
à maternidade. Para algumas pessoas, estas são duas ideias ou visões distintas
e incompatíveis. No entanto, algumas mães conseguem uni-las em um fenômeno chamado
de empreendedorismo materno.
Segundo
enquetes realizadas em sites especializados no assunto, calcula-se que mais de
10,4 brasileiras tocam seus próprios negócios e que atualmente, cerca de 65%
das mulheres retornam ao mercado de trabalho imediatamente após a licença
maternidade. Desse total, 15% se dedicam a outras funções e à criação de novas
fontes de renda. As "empreendedoras maternas" têm um perfil: são
jovens entre 28 e 33 anos, antenadas e interessadas em moda e novidades.
O
empreendedorismo materno é um fenômeno complexo, mas que abrange estas mudanças
no eixo profissional das mães, provocadas pela maternidade ou deflagradas a
partir dela. A mãe empreendedora pode exercer uma nova atividade ou voltar ao
seu antigo trabalho, mas buscando novas formas e um novo volume de dedicação.
Esse
empreendedorismo tão específico é impulsionado pelo desejo das mães de estar
mais tempo ao lado dos seus filhos e de encontrar novas opções para a carreira
profissional. Também são "motores" do empreendedorismo materno a
flexibilização do trabalho, o advento das novas tecnologias e mídias sociais,
que permitem que se trabalhe a distância e em escritórios domésticos.
Nesse
sentido, o Home Office (escritório em
casa, trabalhar em casa) é uma ótima alternativa para uma mãe
empreendedora, já que permite que a mulher esteja próxima do filho e tenha uma
carreira, ainda que não no modelo “tradicional”, num escritório, com horário
para entrar e sair. Mas é preciso tomar alguns cuidados para que o Home Office
não atrapalhe o andamento do negocio: é importante determinar um cômodo para
ser a sede da empresa: é lá que ela irá se concentrar e se organizar. Com o
tempo, a ideia é que esse espaço seja respeitado e identificado pelas crianças
como o local de trabalho da mãe. Outro alerta é que a disciplina é fundamental
e se preparar como se fosse sair para o trabalho: nada de acordar e tocar a empresa
de pijama, por exemplo.
Atualmente
para a geração Y (geralmente constituída por pessoas que nasceram após os anos
80), o sucesso não é algo tão ligado à carreira e sim à qualidade de vida a
satisfação. Pode-se dizer então que este fenômeno tem relação com as novas
gerações de mães? De
certa forma, sim. As
mulheres já conquistaram o mercado de trabalho e não querem ou não podem abrir
mão da vida profissional. Além da autoestima relacionada ao desempenho
profissional, a maioria das famílias não pode abrir mão da renda da mulher no
orçamento doméstico. Neste sentido, o empreendedorismo surge como uma
alternativa para a mulher que deseja ter uma carreira, mas não aceita
terceirizar a maternidade. É neste cenário que surge esse novo significado de
sucesso: para uma mãe empreendedora, o sucesso não é diretamente proporcional
ao faturamento da empresa. Para elas, o sucesso está relacionado à qualidade de
vida, não apenas à renda gerada pelo negócio.
No
entanto, há mulheres/mães que tentam deixar de lado a “culpa” por não estarem
junto com seus filhos em tempo integral e tentam reconhecer as vantagens de
conciliar o trabalho e a maternidade nos dias de hoje. Um grande sinalizador
desse fato é que hoje encontramos mulheres e ao mesmo tempo mães desempenhando
excelentes funções em grandes organizações no mundo dos negócios e no mercado
financeiro, sem deixar seu lado feminino de lado. Simultaneamente, essas mesmas
conseguem driblar os desafios do dia a dia e, em paralelo às suas atividades
profissionais, conseguem cuidar de si, da família e tempo para se manter em
constante desenvolvimento.
Dedico este artigo a
todas as mães, empreendedoras ou não, mas acima de tudo... simplesmente Mães.
Um grande beijo a todas, e a D. Sônia um especial, é claro!
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