A
tecnologia mudou significativamente a maneira de nos relacionarmos com as
pessoas. Se por um lado temos acesso a todo tipo de conteúdo, por outro, o
excesso de canais de comunicação disponíveis nos afastam delas. Com isso, as
relações humanas de qualidade, baseadas no olhar, em ouvir e em compreender o
outro, estão cada vez mais raras.
Nesse
contexto, se buscamos um contato, uma aproximação com o nosso interlocutor, por
meio da comunicação interpessoal, precisamos dispor de ferramentas para criar
uma conexão com ele. A empatia é um desses recursos capazes de transformar a
maneira como nos relacionamos, uma vez que o conceito é definido, em linhas
gerais, como a capacidade de nos colocar no lugar do outro.
A
empatia é a forma mais rápida de comunicação. Isso por que, ao criar uma
conexão verdadeira com o seu interlocutor, cria-se confiança no relacionamento.
E confiar nas relações que estabelecemos traz ganhos reais para as
organizações.
Mas,
na prática, como desenvolver a empatia? Primeiro, precisamos ter a intenção e a
persistência de ouvir genuinamente. Esvaziar a mente e não buscar respostas
autobiográficas. Em seguida, devemos identificar as emoções da pessoa por meio
de suas palavras, gestos e fisionomias.
Depois,
para criar a verdadeira conexão com seu interlocutor ao se comunicar, reflita
de maneira respeitosa sobre seus sentimentos e palavras. Por exemplo, se um
colaborador reclama ao gerente que está se sentindo frustrado por determinada
situação, o líder com uma postura empática poderia dizer: “Vejo que você está
se sentindo frustrado...” Ao perceber o discurso do gerente, o colaborador
sentirá que está sendo ouvido em suas queixas.
Mas
atenção! A empatia não precisa ser utilizada apenas em situações ruins.
Geralmente, o recurso é bem-vindo na mediação de conflitos, mas também serve
para gerar bons momentos. Vejamos outro exemplo. Você está disposto a ter uma
boa conversa com a sua avó de 90 anos. Reserva tempo e a ouve atentamente
enquanto relembra bons momentos que viveu quando era jovem. Em determinados
momentos, você diz: “Vó, percebo como se sente feliz ao recordar esse tempo”. O
resultado é que os dois conseguiram criar um vínculo emocional forte nesse tipo
de relação interpessoal e a empatia foi a ferramenta que trouxe esse efeito.
Mais
um detalhe: ser empático é diferente de ser simpático e apenas dizer aquilo que
as pessoas querem ouvir. Ou seja, ao ser empático nos comprometemos a ouvir,
respeitar, compreender e refletir sobre os sentimentos e palavras do outro.
Isso não quer dizer que tenhamos que concordar com a opinião das pessoas, mas
que temos disposição em ouvi-las sob a sua perspectiva.
Fonte de Pesquisa: Maraísa
Lima
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