Em
qual proporção e com que frequência você engole sapo?
Todos
nós, com mais ou menos frequência engolimos sapos que vem para testar e
desafiar. Às vezes vem da família, dos amigos, dos vizinhos, de desconhecidos,
de colegas, do chefe, do ambiente de trabalho, da terapeuta ou do melhor amigo.
E às vezes vem de tudo quanto é lado, como um tiroteio, bombardeio ou chuva de
sapos.
Eles
são de todos os tipos e espécies, cores, tamanhos, formas. Ninjas, samurais,
kamikazes, guerreiros resistentes.
Há
quem faça isso com elegância britânica e termine dando uma risadinha irônica,
no melhor estilo: eu venci mais essa. Mas, tem quem fique com indigestão, dor
de estômago, dor de garganta, mau humor e tantos outros efeitos colaterais.
Engolir
sapo está ligado com uma porção de coisas, com resistência, inteligência
emocional, maturidade, amor, respeito, dever, medo, cuidado. Cada situação é
diferente e sempre tem um motivo que nos faz tomar a decisão de engolir aquele
sapo. E depois, tentar fazer a digestão o mais rápido possível, pois outros
virão pelo caminho e é sempre bom estar preparado.
Pode
ser por medo de dar uma resposta e perder o emprego, porque é alguém mais velho
e você respeita sua autoridade, por ser seu chefe e você respeita a hierarquia,
porque você ama e naquele momento quer evitar uma briga, porque você está
equilibrado e não te afeta, porque você tem um bom autocontrole, porque você
não quer magoar ou machucar ou porque naquele momento simplesmente pareceu o
mais inteligente a fazer,
Tomamos
decisões todos os dias, e em relação ao que faremos com os sapos sapecas não é
diferente. Pensamos, refletimos, avaliamos e decidimos. Claro, que tudo isso
muito rápido, porque quando se trata de sapo, em milésimos de segundo podemos
perder o controle e a capacidade de raciocínio e simplesmente cuspi-lo de volta
acompanhado de muitas cobras e lagartos.
Sapos
são verdadeiros testes de resistência e provas de fogo. Como tudo, devemos
tentar buscar o equilíbrio, respirar e tentar agir da melhor maneira possível
para nós e para o meio em que estamos inseridos. Em alguns momentos, o melhor é
engolir o sapo e depois quem sabe quando o assunto esfriar conversar a
respeito. Em outros, que podem beirar o desrespeito ou quebra de princípios,
valores e ética talvez o melhor a ser feito seja recusar a encomenda e devolver
ao destinatário.
Ora
somos coadjuvantes, ora atores principais. Sapos vão e voltam. E nós escolhemos
como vamos agir em cada situação.
Fonte de Pesquisa: Renata
Klingelfus Andraus
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