“Não
existe mal que dure para sempre, nem bem que permaneça pela eternidade. A
energia que você gasta em cada um desses momentos é que faz a diferença".
Saber
que nem tudo vai durar para sempre pode ser angustiante, mas também libertador
quando o que se está passando não é nem um conto de fadas.
Sim,
vivemos em tempos de crise, mas a verdade é que vivemos isso desde que nos
entendemos por gente: é crise amorosa, crise financeira, crise existencial e
todas as outras crises que se pode imaginar, a diferença é que agora estamos
passando pelo mesmo momento, uma crise coletiva e, como toda coletividade,
temos a escolha de seguir a manada ou agir como pessoas únicas que somos,
assumindo uma postura dinâmica e pessoal sem se desgastar com coisas
desnecessárias, pois assim se tem energia para investir no que realmente
importa.
É
comum em momentos difíceis pensar uma coisa e fazer outra. Não é por maldade,
mas por uma condição comportamental mesmo. Quando uma situação é desagradável e
exige mudança de postura, até pensamos em mudar e de fato queremos mudar, mas
existe algo que alguns psicólogos chamam de comportamento operante que faz com
que se permaneça como sempre foi, porque se acredita que até aquele momento a
situação sempre foi boa, logo a tendência é que se eu permanecer no mesmo
comportamento, tudo também permanece igual. Ledo engano. Nessas horas é preciso
remar contra a maré da estagnação e botar a cabeça para questionar a si mesmo.
Não é a coisa mais simples do mundo, mas, acredite, é perfeitamente possível.
Perceber
como se age em momentos de crise é fundamental para poupar-se. Assim como
quando precisamos dar aquela economizada na grana para que ela sobre até o
final do mês ou para que se consiga fazer a tão sonhada viagem, é preciso
também economizar-se para enfrentar os desafios que se apresentam diariamente e
assim ter força suficiente para superar adversidades, em qualquer aspecto da
vida.
Poupar-se
não significa distanciar-se ou ter sangue de barata para tudo o que acontece,
mas entender que nem tudo vale a pena e, assim, se guardar para o que realmente
importa.
Gastar
energia com o que não te faz bem é como comprar algo que você não vai usar,
quando poderia perfeitamente ter economizado para uma ocasião realmente útil.
Portanto, assim como se pensa em educação financeira, é fundamental que você
também pense em sua educação energética, pois quando você se economiza, tem
reservas para investir no que te faz bem, como aquele projeto que sempre quis
se dedicar ou o tempo a mais que você sonhou em ter, mas achava que jamais
conseguiria.
Nem
sempre pensamos por este lado, o que é um grande erro, e é aí que talvez esteja
mais uma vez o tal comportamento operante que nos faz agir sem pensar: dia após
dia, ano após ano, perdendo um tempo que não volta mais, pois acreditamos que
estamos ganhando alguma coisa com isso.
O
fato é que somos verdadeiros esbanjadores de energia produtiva, torramos sem dó
com coisas que não fazem o menor sentido, como a irritação descabida com uma
fechada no trânsito, a torcida de nariz para um post com opiniões contrárias às
nossas e até aquela intolerância descomunal para o comentário desnecessário da
mesa de desconhecidos ao lado na hora do almoço.
Em
momentos de crise, ou em qualquer momento difícil que você esteja passando na
vida, use sua energia para resolver o problema e não para gerar ainda mais problemas,
que na certa é o que você menos precisa nestas horas. Use sua energia a favor e
não contra si mesmo. Pare de reclamar sem agir, de brigar sem resolver.
Demandar
energia para momentos ruins só faz com que eles demorem mais a passar, do mesmo
modo que investir energia em momentos bons faz com que eles durem um pouco mais
porque realmente são curtidos até o fim. Nada é ruim (ou bom) para sempre e por
mais que não se possa controlar todas as coisas, podemos sim dar aquela
esticadinha nos momentos que achamos importantes.
Fonte: Gisele Meter.
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