“Network” é uma expressão importada dos Estados
Unidos e, em Recursos Humanos, significa rede, malha, círculo de relações
pessoais e profissionais.
“Networking”, por outro lado, significa montar e manter
atualizado um network. Seria redundante se falar de network de relacionamento,
mas, para uso no Brasil, ainda pode ser útil quando se quer garantir entendimento.
O network de cada executivo/profissional é a chave que abre o mercado de
empregos e de negócios. Um trabalho de networking que gere uma rede de bons
contatos pessoais e profissionais certamente facilitará a vida de qualquer
pessoa em momentos cruciais, quando o relacionamento for fundamental para o
sucesso na busca dos seus objetivos.
No mercado de trabalho, o network de cada
executivo/profissional é de suma importância para o executivo que busca
recolocar-se, especialmente quando conjunturalmente o emprego diminui, as
empresas são muito seletivas e o número de candidatos é muito grande.
Os meios tradicionais de busca de oportunidades de
emprego como os anúncios de jornais, a mala direta para empresas, a consulta
aos portais de empregos, todos são úteis, mas perdem algum efeito, hoje em dia,
porque concentram centenas ou milhares de candidatos que pelo número acabam se
tornando anônimos.
O que sobra como caminho para quem procura emprego
num nível executivo ou profissional sênior é buscar o apoio das pessoas que
compõem seu network, para que se convertam em padrinhos proativos de sua
candidatura no mercado. Quem fez o seu networking bem feito e, consequentemente,
tem um network capaz de se engajar no esforço de divulgação de sua candidatura
no mercado, certamente tem um diferencial significativo sobre os seus competidores
que, atualmente, são muitos e qualificados.
Confrontadas com uma massa de currículos de pessoas
desconhecidas, todos se apresentando como preparados e competentes para assumir
as posições vagas, as empresas certamente preferirão avaliar, primeiro, aqueles
candidatos que cheguem por indicações e recomendações pessoais de amigos,
colegas e profissionais, cuja colaboração é inteligente e desinteressada. A
empresa que está recrutando sabe que uma tal recomendação vem da pessoa grada
com um endosso preliminar no currículo e que um amigo jamais irá indicar um
“mico”, para criar problemas futuros.
Curiosamente, os aspectos levantados aqui - óbvios
para a maioria dos profissionais experientes no mercado - parecem não ser
levados na devida conta por muitos dos executivos e profissionais com os quais
cruzamos em nossa prática de recrutamento, recolocação e aconselhamento, nestes
últimos vinte anos. A verdade é que muitos profissionais, quando lembrados da
importância do seu network para a busca dos seus objetivos de carreira, se
declaram modestos e insuficientes, afirmando não terem feito, historicamente, o
seu networking profissional, de maneira a poderem ativá-lo e utilizá-lo em seu
benefício, na hora da necessidade. Suas chances, no mercado, ficam igualmente
pobres.
Cabe, portanto, nesta Carta, recomendar a todos não
esperar a hora do aperto para então fazer o seu networking. Aí não resolve. É
preciso que ao longo da carreira estejamos permanentemente montando o nosso
network e investindo na montagem de um leque de contatos que serão úteis em
muitos momentos de necessidade, seja para emprego, para negócio ou para outros
fins. O executivo/profissional “apagado” e anônimo caminha para o isolamento ou
para o desastre profissional na carreira.
Fonte: ABRH/RJ e Laerte Cordeiro.
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